JOÁ KING ERRANTE

Esse espaço foi criado por conta de minhas histórias e imaginação: textos fictícios, realistas, sobrenaturais, mentirosos, instigantes, expressivos e confusos como a minha própria mente. Na maior parte, vivências e observações. Vou criar personagens, para que não haja problema com nomes, vou criar nomes para que não haja problema com personagens. Sou viajante errante, uma pessoa amiga, que pretende mexer com a cabecinha de vocês por meio dessas histórias.

14.2.07

Muriqui e um barquinho de papel



Muriqui, para mim, sempre foi o nome de uma praia de Niterói, onde amigos meus do colégio tinham casa. Íamos de vez em quando para lá, nas férias. Nada demais. Mas a partir da semana passada, a minha percepção aumentou. Li no jornal e percebi que Muriqui é muito mais. Muriqui faz parte de uma história. A história de um libanês e sua família, a preservação da Mata Atlântica e seu jequitibá, e o percurso profissional de uma cientista americana. E além disso,para mim, agora, a cidade mineira de Caratinga, deixa de ser apenas a cidade do cartunista Ziraldo e da minha amiga Brígida, e passa a ser a cidade onde vivem os maiores primatas das Américas: os Muriquis.

Não vou contar toda a história, mas apenas um resumo rápido. O Sr. Feliciano Abdalla, filho de tropeiro libanês, resolveu se estabelecer na cidade mineira de Caratinga. Adquiriu terras. Uma fazenda: Fazenda Montes Claros. Quando comprou a fazenda, o antigo dono impôs uma condição: vendia apenas se o novo dono jurasse proteger a mata. Então, em uma parte dessa fazenda, cultivou café e, na outra, preservou a mata, embora muitos na cidade protestassem. Outro conselho reforçava o seu objetivo. Seu pai recomendara : “ ...cuidado com as matas, as madeiras, porque o fim disso será trágico.”

Os anos passaram, e chegaram os pesquisadores para estudar a mata atlântica e o seu habitat. Nela estavam os muriquis. Logo em seguida, por meio da divulgação de um vídeo “O Choro do Muriqui”, um emocionante apelo pela proteção da espécie, chega a Caratinga a pesquisadora Karen Strier, que fazia seu doutorado em Harvard. Ela vei estudar os Muriquis e mudou a tese estabelecida que todo primata é agressivo.

O estudo de mais de 20 anos ajudou a ciência a revelar um primata diferente: extremamente pacífico, seus grupos vivem sem hierarquia, sem dominância masculina, com explícitas demonstrações de afeto entre eles. O grupo dos Muriquis está crescendo e o limite da mata, agora, torna-se uma ameaça. O seu habitat é a Mata Atlântica. E novos questionamentos e desafios irão surgir.

Seu Feliciano morreu em 2000, aos 92 anos. Dias depois, o macaco mais velho apareceu morto, morre natural e, logo em seguida, o majestoso jequitibá caiu. Fim de uma parte da história que continua por intermédio da cientista e de do neto de Seu Feliciano.

Diante dessa história bonita de preservação, de um ideal conquistado, fica difícil exemplificar, em minha vida, algo parecido com valor semelhante. Fora as minhas memórias, lembranças más e boas, que conservo e preservo com requintes de exaltação, não tenho nada mais bonito a relatar sobre preservação. Acredito que existam várias modos de preservação. Fico, agora aqui, com três: a do meio ambiente, a da nossa memória emocional e a de nossa conduta. Todas buscando o mesmo fim: o nosso bem-estar.

Sempre tive o hábito de guardar. Guardo cartas. Guardava anúncios, imagens impressas, resto de papel, livros (nunca fui capaz de jogar nenhum fora). Mas, depois de um tempo, já não se justificava mais apenas guardar, apesar de sempre apropriar aos guardados uma função futura – para mim nada era inútil. Comecei a colecionar. Aí vieram os selos, os brinquedos, os gibis, LPs, os maços de cigarro (que nunca fumei), embalagens as mais diversas, revistas Veja e Bravo. As coleções foram crescendo e o espaço diminuindo. Um dia, de repente, resolvi, assim como tinha resolvido guardar, jogar tudo fora. Ficaram as cartas, os LPs (que não consigo vender), algumas Bravo, um carro de pilha (modelo jaguar vermelho, que abre o a mala do motor e gira feito uma enceradeira), alguns carrinhos de ferro, um gravador de rolo bege e verde bebê... Foi isso que preservei para a história. Exemplares remanescente dos anos 60 e 70, e que tem como maior valor a memória emocinal, de forma Proustiana, inerente a cada um.

Mas, um dia desses, parou em minhas mãos, um presente oferecido pela amiga Simone (se não colocar os créditos, sou um apátrida da nação amizade): um livro, “O mundo acabou”, de Alberto Villas. Nada de desgraça. Mas, uma coletânea de “guardados”, de um cotidiano que não existe mais, e que compõe o nosso imaginário. Hoje, constitui a nossa memória emocional. Estão ali copilados a nossa casa (a estante de e tijolo com prateleira de madeira, a enceradeira, as xícaras corolex, a colcha de chenile e os discos de vinil), o nosso quarda-roupa (o sapato vulcabrás, a galocha, a japona, o brim coringa, o kichute, mas faltou a camisa cacharrel), as nossas guloseimas (o pirulito de chocolate da Kibon, o biotônico Fontoura,o drops dulcora e a banana split nas lojas americanas), as nossas brincadeiras (o jogo de botão, o decalque,o “cadê o toucinho que estava aqui”, o mico preto, o bambolê, o forte apache, os soldadinhos do toddy, o “atirei o pau no gato” e a língua do P), as nossas tardes em frente a TV (o indizinho da tupi, o repórter esso, o vigilante rodoviário, o papai sabe tudo, o barquinho de papel, o topo gigio, roy rogers e faltaram muitos), a nossa fauna (o bicho-papão, os 3 porquinhos das Casas da Banha, o tucano da Varig, a gotinha e o tigre da Esso e o elefantinho da Shell), as coisas dos nossos pais (a glostora, a aqua velva, o rural willys, o simca chambord, o aero-willys, o vemaguet, mas faltou o carmanguia) e as coisas das nossas mães (a fotonovela e com ela o amigo da onça e o coppertone, o avon chama, a sloper, a pasta de dente kolynos, o lenço de papel e a enciclopédia conhecer).

Desses guardados, alguns são protagonistas e coadjuvantes de episódios, mais ou menos, pitorescos da minha vida. Na verdade, teria para cada um, uma pequena história para contar. Já contei a da Japona, que salvou a minha, então breve, infância. Dessa relação, tenho em minha lembrança duas coisas que remetem ao meu Tio Paizinho. O seu aero-willys e a loção pós barba aqua velva.

Para mim, o olfato era dos sentidos que mais me aguçava na presença desse meu Tio. Chamava os meus tios assim, por ouvir o meu primo chamá-los assim. E não pude, mesmo que quisesse, mudar ao longo da minha vida. Pois bem, o Paizinho sempre me despertou o olfato. Ele sempre estava perfumado com loção pós barba, o cabelo fixado e cuidadosamente penteado com um desses produtos tipo brilhantina. Eu sentia um frescor ao beijá-lo (isso daria um outro texto: as reminiscências do olfato). Mas, se por um lado o cheiro pós barba deixava-me leve, o cheiro e o calor de seu aero-willys marcaram as minhas manhãs de domingo. Tenho vaga lembrança, talvez pelas torturas que eram para mim. Enquanto a minha mãe e minha tia preparavam o almoço de domingo, meu pai e meu tio nos levavam para passear no aero-willys nas manhãs ensolaradas. Eram verdadeiras sessões de tortura. Eles nos enfiavam naquele carro grande e espaçoso. Sentia-me como se estivesse em uma sala forrada paredes de couro que ao sol do meio-dia nos aqueciam e deixavam o ar pesado e empestado. Para me arrasar de vez, no rádio, se não me engano, uma transmissão sofrível de algum programa esportivo português, “em direto” como eles diziam. Isso não só marcou de vez as minhas manhãs de domingo, como também enterrou para sempre qualquer intenção, por parte da ala masculina da família, de uma aproximação mais direta e objetiva com a paixão nacional (deles).

Mas não são só torturas as lembranças que me trouxeram esse livro. O barquinho de papel, por exemplo, para mim, é mais do que um brinquedo de infância. Ele me faz lembrar, diretamente, a exibição de uma novela na TV e que me transformou num pouco do que sou hoje, a “Pequena órfã”, com o Velho Gui, interpretado pelo excelente ator Dionísio Azevedo. A pequena órfã em questão, era uma menina loira e que quando se sentia desprotegida, pegava o seu barquinho de papel (acredito que feito pelo Velho Gui), sentava atrás do sofá e cantava uma música que lhe servia como um acalanto. Já desde menino, fui sendo doutrinado pela mídia, que as meninas loiras eram meigas, boas e que sofriam, e, por isso então, deveriam ter a minha maior atenção e proteção. Sempre fui mais chegado às loiras do que as morenas, acredito que seja pela referência a bondade, ao sofrimento e a santidade. Acho que Maria sempre foi meio aloirada. Em minha cabeça uma mistura de sagrado e profano.

Talvez, o maior dos modos de preservação que devemos nos ocupar hoje em dia, é o de preservar a boa conduta. Acredito que somos frutos do meio, e quando esse meio passa a mudar o nosso comportamento, é sinal que as coisas andam mal. Um dia, no trabalho, percebi que já não dava bom dia ou boa tarde com satisfação, saía meio tímido; oferecer um biscoito, bala ou qualquer coisa na hora do lanche não existia e atender o telefone do colega ao lado já não fazia mais parte de um comportamento gentil. Coisas tão corriqueiras do nosso cotidiano de trabalho estavam desaparecendo. Percebi que fazia isso de forma natural em outros lugares, mas não ali. Fiquei com medo, de começar a me transformar naquilo que nunca tinha sido e que não tinha vocação para ser. Aquilo começou a me incomodar e percebi que era hora de mudar. Mudar de lugar, para não me transformar naquilo que não era.

Isso é apenas um pequeno exemplo, mas se transferirmos isso para o nosso dia-dia-dia, nas ruas, lojas, restaurantes, em nossa casa...isso começará a ficar perigoso. A nossa conduta cordial desaparecerá, e no lugar dela, virá o individualismo, o egoísmo e a falta de atenção e gentileza com as pessoas ao nosso redor. Alguns dirão: “não tenho nada com isso. O telefone não é meu, porque devo atender?” Vivemos numa comunidade, e tudo ao nosso redor deve ser encarado como sendo de nossa responsabilidade, senão de sua origem, pelo menos, em sua manutenção. Ser gentil não custa. O que me custa é ver tanta indelicadeza, falta de educação e falta de compreensão entre as pessoas. Não quero crer que devemos chegar ao patrulhamento, mas não custa, de vez em quando, oferecer pílulas para os doentes desse mal.

Nessa minha viagem ao passado, por intermédio da preservação ao meio ambiente, aos bens materiais, as saudosas e boas reminiscências de nossas vidas, reflito. Devemos sim preservar as coisas que nos fazem bem e que nos mantêm vivos. Mas hoje, mais do que nunca, acho que a preservação deve-se dar a moldes mais modestos, pequenos em sua dimensão, mas grandes em repercussão. Devemos compor, como “soldados”, o exército de preservação dos bons modos, da tolerância, da compreensão, para que o mundo seja então, o que ainda não tive o prazer de conhecer em sua plenitude: mais humano e mais fácil de ser vivido.

4.2.07

Man, Uau! Sex Uau! – Prolegômeno


Essa semana chegou aos meus ouvidos, e olhos, algumas frases interessantes sobre a sexualidade. Sexualidade masculina e feminina... gostaria de compartilhar com vocês, caros amigos e amigas.

Segundo uma Teenager:

“Vestibular é como sexo, não importa a posição (lista de classificação) o negócio é estar lá dentro.”

Botão e painel

O filme sobre o novo comportamento sexual da carioca, que Euclides Marinho está finalizando, tem como possível título “Sexo oral” e o subtítulo “Por que o homem é um botão e a mulher é um painel de controle”. A frase foi retirada do depoimento de uma das entrevistadas. Resume a simplicidade do mecanismo sexual do homem (o botão da ereção que deflagra tudo) e a complexidade do painel feminino, com suas luzinhas sinalizando carências e desejos em todas as direções.

Ratificando o texto acima, da objetividade masculina e complexidade feminina, Jabor, nessas duas últimas semanas, vem discorrendo sobre o sexo solitário (ou solidário?), segue o texto: "A mulher de borracha é uma metáfora analógica; já o vibrador é uma metonímia digital - a parte pelo todo. A mulher de borracha nos angustia com sua presença incômoda, ela nos inquieta, mesmo esvaziada no fundo do armário, como uma ocultação de cadáver. O pênis digital, não: ele tem vida própria, não tem inconsciente, não tem desejos e manias."

Essas vieram de Portugal:

As leis mais loucas do mundo No Líbano, os homens podem, legalmente, ter relações sexuais com animais, mas tem que ser fêmeas. Relações sexuais com machos é punível com a morte (Paneleirices é que não ! )

No Bahrain, um médico pode, legalmente, examinar a genitália feminina mas, para ele, é proibido olhar directamente para ela, durante o exame. Pode, apenas, olhar através de um espelho ... ( grandes artistas... )

Os muçulmanos não podem olhar os genitais de um cadáver. Isto também se aplica aos funcionários da funerária. Os órgãos sexuais do defunto devem estar sempre cobertos por um tijolo ou por um pedaço de madeira ( um tijoooolo, carago ! )

A penalidade para a masturbação, na Indonésia, é a decapitação (PORRA !)

Há homens em Guam cujo emprego em tempo integral é viajar pelo país e desflorar virgens, as quais pagam pelo privilégio de ter sexo pela primeira vez. Razão: Pelas leis de Guam, é proibido a virgens casarem (onde é que fica o Guam ??? )

Em Hong Kong, uma mulher traída pode, legalmente, matar o marido adúltero, mas deve fazê-lo apenas com as mãos. Em contrapartida, a amante pode ser morta de qualquer outra maneira...

Em Cali, na Colômbia, uma mulher só pode ter relações com o marido e, a primeira vez que isso ocorre, a mãe deve estar no quarto para testemunhar o acto (já não bastava a chatice de ter que gramar uma sogra , ainda tem de ir mandar palpites naquele momento - como se come a filha !... ).

2.2.07

Dê Graças a Teresa

A vida de solteiro, também, tem a sua dose de casado. Não se pode fugir das responsabilidades domésticas, por menor que sejam.

Quem já não teve uma história, ou um problema, para contar sobre essas personagens, atire o primeiro pano de prato. Haja visto o programa de TV, “Diarista”, protagonizado por Claudia Rodrigues como Marinete e muito bem coadjuvado por Dira Paes como Solineuza, ou o longa “Domésticas”, com as personagens: Quitéria (aliás, é a cara da minha primeira diarista), Roxane, Raimunda, Cida e Créo. Eu, por menos ainda, tenho duas pra contar, uma de cada uma. Uma de Graça e outra de Teresa.

Graça vem primeiro. Ela era diarista da minha mãe e foi trabalhar lá em casa. Sempre muito dedicada com o filho da Dona Augusta, fazia o seu serviço de modo simples e humilde, por vezes, quebrando alguma coisa sem me contar, até que um dia, por conta de um problema de saúde, parou de trabalhar.

Nessa época, dividia um apartamento com um amigo. Cada um tinha as suas despesas: supermercado e telefone, fora as contas em comum: aluguel, condomínio, luz e gás. Um dia, esse meu amigo venho contar-me que estava achando estranho a sua conta de telefone, o valor estava alto. Passou um mês, e a conta novamente apresentava um valor alto e com números de celulares desconhecidos. A primeira providência foi colocar um cadeado e depois falar com a Graça.

A Graça – apesar de sermos dois no apartamento – sempre reportava-se a mim. Era eu que a recebia quando chegava pela manhã e que lhe pagava. Talvez, por isso, tinha por mim, consideração extrema. Sempre quando eu ia fazer qualquer reclamação ou observação, fazia sempre com muito cuidado. Mas parece que o cuidado era desnecessário. As diaristas e empregadas domésticas parecem ter uma conduta “muito particular, um mundo próprio, eu diria, onde suas leis, por mais ingênuas e desinteressadas de qualquer vantagem, nos são sempre muito inusitadas.

Bom, nesse dia fui, com muito cuidado, coloquei a situação de forma a não constrangê-la. Mencionei o fato da seguinte maneira: disse-lhe que havíamos observado um aumento na conta telefônica e que achava estranho. Muito tranqüila e resignada, tentando justificar o motivo do uso, explicou a situação de emergência que havia ocorrido. Sua filha estava no hospital e precisava falar com ela ao telefone (uma ligação pelo celular durante meia hora). Mas, imediatamente, de forma a tranqüilizar-me, como se fosse revelar-me um segredo, aproximou-se e disse: “mas fique tranquilo, não usei o seu não, usei o do outro, tá?” Ahh! Tá bom! Como um cão fiel, tentou me poupar, colocando no outro a sua despesa.

Teresa, chegou lá em casa, por indicação de uma amiga pernambucana que trabalha comigo. Nessa época, já tinha me mudado e morava sozinho, agora só na companhia de Joachim. O meu chow-chow. No início, trocava sempre o seu nome, chamava de Graça. Ela não se importava e nem me corrigia


Começou muito bem, fazendo gelatina sem eu pedir, mas bastou elogiar que na semana seguinte não havia mais gelatina na geladeira. Nunca observei nada quebrado, mas fora de lugar, sim. No dia que ela ia, assim que eu chegava em casa, tinha o trabalho de colocar as coisas no lugar. Não adiantava falar como deveria ser feito, corria o risco das coisas não serem limpas. Fiz uma vez uma observação com relação às roupas que ela passava, pedi que não colocasse mais de uma calça no cabide, pois levava muito tempo procurando. Passaram duas semanas e perdi as calças novamente.

Um dia, reparei que ela substituíra o sabonete no box. Poxa, que capricho – pensei. Não comentei com medo de afugentar o capricho. Na semana seguinte, mais uma vez. O sabonete novinho, fresquinho, virgem. Comecei a pensar que os sabonetes eram vagabundos e que gastavam rápido, ou será que eu tomava muito banho? Na terceira semana, mais uma vez, mas dessa vez, ainda havia um resto de sabonete usado. Achei estranho.

Por fim, na quarta semana, um bilhete explicava tudo. No bilhete estava escrito, entre outras coisas, o seguinte : ‘... estavam faltando 2 embalagens de sabonete para eu conseguir uma sandália na promoção. Com 5 embalagens e mais 10 reais ganho uma sandália. Assinado Teresa”. Custou um pouco para cair a ficha, fui até o banheiro e, no box, ainda o sabonete da semana passada. Aí lembrei de procurar no armário, e encontrei, devidamente empilhadinhos, os dois sabonetes sem embalagens.

Nada é por capricho e tudo tem uma razão de ser.